Acordei com a sensação de
ter ouvido o barulho de uma porta a fechar. Ainda meio a dormir nem abri os
olhos para ver o que se tinha passado e imaginei que talvez fosse uma das
empregadas que fazia a limpeza dos quartos que ao entrar por ali adentro logo
saiu depois de deparar comigo ainda na cama. Com dificuldade abri um olho e
quase ceguei com a claridade que entrava pela única janela existente e que
inundava por completo todo aquele espaço que tresandava a sexo. Dei por mim
deitado entre duas louras completamente nuas. Os lençóis, se existiam, deveriam
estar caídos no chão. Não os conseguia ver. Nem conseguia imaginar que horas
seriam. A única coisa que consegui recordar naquela altura era que já tinham
nascido os primeiros raios de sol quando Agnetha, Anni e eu caímos
profundamente no sono, extenuados depois de uma longa maratona de sexo.
Com cuidado e em silêncio
resolvi levantar-me depois de conseguir retirar de cima do meu braço direito a
cabeça de Anni que ainda dormia profundamente. Peguei na primeira toalha que
encontrei, coloquei-a à cintura, deitei novo olhar às suecas e terei esboçado
um sorriso antes de sair daquele quarto e reentrar rapidamente no meu. Depois
de pendurar do lado de fora da porta o cartão que diz: Não Incomodar - entrei na casa-de-banho e deixei que, sobre mim,
durante largos minutos, chuveirasse água quase gelada. Depois de me secar ainda
me sentia exausto e deixei-me cair para cima da cama daquele quarto que ainda
não tinha sido desfeita. Olhei para o relógio que não tinha tirado do pulso e
reparei que já passava do meio-dia. Pelo que me lembrava, teria dormido pouco
mais de cinco horas, insuficiente para a energia despendida pelo meu corpo que
durante mais de três horas tinha estado enrolado entre Anni e Agnetha. Antes de
cair rapidamente num sono profundo, e apesar do cansaço, senti o sorriso
estampado no rosto, como se estivesse colado na minha cara.
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